segunda-feira, outubro 31, 2005

Por onde é que eles andam?


Na fase final de uma viagem de 8 meses à volta do mundo a família Fogg está neste momento entre o Cambodja e o Vietnam, em território do Charlie. Bom regresso.

quinta-feira, outubro 27, 2005

Upside down #2

Depois de Merbourne, Sydney.
Sempre com o mapa ao contrário.

sydney01

sydney02

sydney03

Upside down

Belas fotos da terra dos cangurus.
Obridado Mary & Dipo (haaa, desculpa pelo esquecimento.)

melbourne

galinha Tuga

melbourne01

quarta-feira, outubro 26, 2005

Das coisas nascem coisas

Gosto tanto desta frase do Sr. Munari. Serve para quase todas as ocasiões.

flash

sony

Escrever "You can also shut off long, annoying commercials while picture remains on screen!" num cartaz publicitário, é estupendo.

segunda-feira, outubro 24, 2005

Já eram

super
Deliciosamente cruel. Assim são as crianças. Este painel inacabado mostra 4 famosos super-heróis já no fim dos seus dias. Terá Frank Miller vindo inspirar-se ao Passos Manuel para desenhar o seu Batman envelhecido? Somos presenteados com um Homem-Aranha, talvez a meio de tricotar uma meia, com uma manta pelos joelhos, um Hulk sem cabeça e talvez sem dentes, um Super-Homem alienado entretido a comer pipocas e um Batman adormecido a babar-se para cima dos chinelos.
Perfeito.

50 metros

50metros
É bom estar informado.

Gual, Bond nunca mais será igual

james
A expressão de Bond quando Honey Rider chega à praia.

Graça

both

Ursula

ursula2
Pois, deve ser isso.

Fotografar o ecrã

ursula
Não me perguntem porquê, mas dei por mim a fotografar o primeiro Bond. Talvez tenha sido por causa de toda a carga mítica associada a esta Bond girl no momento em que sai das águas jamaicanas de conchas em riste.

Draw & Drive II

caderno13

sexta-feira, outubro 21, 2005

Odd

caderno12

Gonna serve Somebody

caderno10

You may be an ambassador to England or France,
You may like to gamble, you might like to dance,
You may be the heavyweight champion of the world,
You may be a socialite with a long string of pearls

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You might be a rock 'n' roll addict prancing on the stage,
You might have drugs at your command, women in a cage,
You may be a business man or some high degree thief,
They may call you Doctor or they may call you Chief

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a state trooper, you might be a young Turk,
You may be the head of some big TV network,
You may be rich or poor, you may be blind or lame,
You may be living in another country under another name

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a construction worker working on a home,
You may be living in a mansion or you might live in a dome,
You might own guns and you might even own tanks,
You might be somebody's landlord, you might even own banks

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may be a preacher with your spiritual pride,
You may be a city councilman taking bribes on the side,
You may be workin' in a barbershop, you may know how to cut hair,
You may be somebody's mistress, may be somebody's heir

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

Might like to wear cotton, might like to wear silk,
Might like to drink whiskey, might like to drink milk,
You might like to eat caviar, you might like to eat bread,
You may be sleeping on the floor, sleeping in a king-sized bed

But you're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody,
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

You may call me Terry, you may call me Timmy,
You may call me Bobby, you may call me Zimmy,
You may call me R.J., you may call me Ray,
You may call me anything but no matter what you say

You're gonna have to serve somebody, yes indeed
You're gonna have to serve somebody.
Well, it may be the devil or it may be the Lord
But you're gonna have to serve somebody.

Bob Dylan

quarta-feira, outubro 19, 2005

a utopia do Design

[...] A inquietação permanente de Daciano da Costa – nos projectos como na vida –, a sua capacidade para transformar os sinais desencontrados da realidade quotidiana em estímulos convergentes, a lucidez e inteligência com que encara as adversidades para as converter em agentes positivos são a lição que nos deixa a cada dia que passa. Daciano tem-nos ensinado a inquirir sempre a realidade com um olhar crítico, a alimentar, em relação a tudo quanto nos rodeia, um eterno e vital sentimento de mal-estar. Acredito também que só assim saberemos manter viva a esperança projectual – a utopia do Design –, que só assim poderemos reconhecer-nos no mundo que ajudamos a construir. [...]

João Paulo Martins, arquitecto FA | UTL
Outubro 2004

Oh sim! Paris, Tokyo, New York!

O Ti Belmiro é um sabichão.

Os supermercados são - todos sabemos - um negócio de ciganos. Mas o que não sabíamos era que o CPD gostasse desses negócios.
O Continente promove um concurso para jovens designers. Certo. Pede três (3!) linhas completas de coordenados cama/casa-de-banho/mesa. Enfim. Não tão certo. Como prémio nem um cêntimo para pagar a quantidade de trabalho. Apenas um estágio de três meses no departamento de produção da Sonae pago segundo o salário mínimo em vigor.


O QUE É QUE O PRESIDENTE DO CPD ESTÁ A FAZER COMO JURÍ DESTE CONCURSO?


Morreu o Mestre

[...]
Tuba mirum spargens sonum per sepulchra regionum, coget omnes ante thronum.
Mors stupebit et natura, cum resurget creatura, judicanti responsura.
Liber scriptus proferetur, in quo totum continetur, unde mundus judicetur.
Judex ergo cum sedebit, quidquid latet apparebit, nil inultum remanebit.
Quid sum miser tunc dicturus? quem patronum rogaturus, cum vix justus
sit securus?
[...]

REQUIEM [d-moll KV 626.], Mozart

Triste dia este.

terça-feira, outubro 18, 2005

FootNote.11

"I shift the position of my fingers, but that only makes the phrases even more hybrid. There are some odd letter changes and red zig-zag lines all over the place. In playful rebellion the words have grown to live a life of their own."
Footnote in Pag.11 of DOT DOT DOT 9.

quarta-feira, outubro 12, 2005

Odeio este tempo detergente

Odeio este tempo detergente
um tempo português que até utilizou
os primeiros acordes da quinta sinfonia de beethoven
como indicativo da voz do ocidente
chamada actualmente a emissão em línguas estrangeiras
um tempo que parou e só mudou
o nome que puseram num mundo que muda
a coisas que afinal permaneceram
um tempo português que alguma vez até em camões vê
o antecessor e criador de coisa como a nato
com a profética visão de quem consegue conceber tal obra
bem pouco literária por sinal e só possível graças à visão
de quem com um só olho vê as coisas quatrocentos anos antes

Odeio este meu tempo detergente
de uma poesia que discreta até se erótica antigamente
hoje se prostitui numa publicidade
devida a algum poeta público que a certo detergente
deu de repente esse teu nome musical de musa
a ti precisamente a ti nesse teu rosto sorridente
onde o poeta público publicitário porventura viu
sobressair teu riso nesse território de alegria
e a brancura mais alva nesses dentes alvejar

E eu que faço eu aqui em todo este tempo detergente quando
sinto subitamente cem saudades tuas
que posso que não seja odiar mais um meio que jamais
tentaria impedir evitaria um tempo que consente até contente
que faças dentro em pouco um ano mais
um meio onde nem mesmo eu mulher afinal sei
que terei de fazer para deter ao menos um momento essa tua idade
a tua juventude se possível anos antes de haver-te conhecido
por acaso e já tarde na cidade onde nasceste
cidade que unamuno diz viver morrer apenas por amor
amor morto ou mortal mas amor imortal
cidade solidão as ruas muita gente os sons o sol
difusos e confusos corredores de uma faculdade
folhas que se renovam rostos que outros rostos
tão firmes tão presentes permanentes um só ano antes
friamente destroem sem deixar sequer
ao menos uma marca nessa fria impassível pedra
o tempo os sóis dos séculos cingindo os cintos da cidade
dessa cidade onde o povo morre novo à volta
do mesmo monumento destinado a exaltá-lo
cidade onde afinal a paisagem é pretexto para o homem
cidade portuguesa ó portugal ó parte da hispânia maior
maneira triste de se ser ibéria onde
da terra emerge o homem que depois o rosto nela imerge
ó portugal dos pescadores de espinho
espinho do suicida laranjeira espinho praia
antiga amiga e conhecida de unamuno
a praia dos seus últimos passeios portugueses
angústia atlântica e odor ó dor olor a campo
praia que so' existe quando alguém a veste
coisa que foi somente quando tu mulher a viste

Aqui em portugal aqui na vasta praia portuguesa
aqui nasci e ao nascer morri
como morri a morte que por sorte sempre tive
pesadamente do mais alto do meu peso dos meus anos
em cada um dos sítios onde um dia estive
Aqui tive dezasseis anos aos dezasseis anos
aqui só vejo pés há muitos anos já
Aqui o meu chapéu de chuva mais ao sul aceita em chapa o sol
chapéu que fecho quando fecha o sol definidor do dia
Tive um passado agora inacessível um passado
tão alto como a torre do relógio da aldeia
que pontual pontua a passagem do tempo
um tempo não ainda detergente um tempo
afinal só visível no sensível alastrar da sombra
ao longo desse pátio só possível ao adolescente
que mais tarde e mais só e de maneira mais sensível
mais só se sentirá no meio da imensa gente
que se sentia ali entre a andorinha e a nespereira
Não o sabia então mas dominava um mundo
esse mundo que espero que me espere um dia ao fundo
lá quando findo o dia sob o chão me afundo e ao final
em terra e em verdade é que me fundo

Mas eu aqui completamente envolto neste tempo detergente
é da segunda-feira e da semana que preciso pois
posso lutar melhor por uma luz melhor
do que esta luz do mar à hora do entardecer
É da cidade é da publicidade é da perversidade
que preciso e não tenho aqui na praia
Não tenho nem o mar nem tão rudimentar
a técnica de olhar alguém as minhas mãos
para me devassar a vã vida privada
É de inverno é domingo estou sozinho aqui na praia
regresso a casa à noite apanho eu próprio a roupa no quintal
e tenho a sensação de quem alguma coisa
faz pela primeira e sente bem ou mal
que tarde toma agora o seu banho lustral

Ruy Belo

Gasoil

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terça-feira, outubro 11, 2005

The Fatman and his Tale

fatman

Este desenho - não sei muito bem porquê - faz-me lembrar a enchente de anúncios "estilo novo-rico", feitos com muito dinheiro e sem nenhuma ideia. Temos neste pais várias empresas a facturar à séria graças ao descontrolo do seu mercado - telecomunicações, banca e bebidas alcoólicas (bem, álcool não conta que é um mercado que se quer descontrolado) e que por praticarem os preços mais altos da Europa sem terem verdadeira concorrência podem gastar fortunas em campanhas com tipos conhecidos.
A coisa é mais ou menos: Entra o dinheiro e a vedeta, sai a ideia.

O que mais me irrita não são os péssimos anúncios - que nunca me vou lembrar de nenhum - onde jogadores de futebol (com os dias contados, como todos) balbuciam duas linhas em troca de cheques muito grandes. Mas sim o facto destes gordos de anel de ouro e relógio suíço feito por encomenda ficarem com as mulheres e os carros desportivos.

Bem nem isso me irrita sequer, mas tinha que acabar a frase assim.
Mau mesmo é a ganância e a poluição visual que nos rodeia.

Draw & Drive

draw&drive

Now that the summer and the easy going almost nude drawings are over, a new and thrilling hobby as arrived. The Draw & Drive Contest!
But, attention! Don't try this at home.

segunda-feira, outubro 10, 2005

About you


Capas da MAD desde 1952 aqui. Estas duas são de 1997.

Random

caderno10

A origem das Pipas.

Colírio



Depois dos dois últimos posts vamos lavar os olhos.

Ninguém pára esta derrota!

Perdemos! Perdemos! A Drª Felgueiras, o Dr. Isaltino e o Dr. Major ganharam.
Perdi há muito este país. Ou este país perdeu-me. Ou estou perdido neste país.

Ainda bem que instalei um programa que permite ver imagens de satélite de todo o mundo, com as suas ruas, esgotos e caminhos sem saída.
Vou procurar "Monument Valley".

Ontem, em vez de rever os super-directos eleitorais revi o "Era uma vez no Oeste".
Hoje de manhã ao estacionar, um velho vestido de Batman, com capa, máscara e emblema ao peito passou muito sério por mim. Ao chegar junto ao Painel de Alcântara tirou a máscara e a capa guardando-as cuidadosamente num saco verde brilhante. Como o mesmo olhar decidido seguiu caminho. O Painel está numa encruzilhada, é por isso um local de poder, um sítio telúrico e ancestral onde as forças deste mundo convergem. As forças e os iluminados.

Anseio por me livrar de metade das pessoas que conheço. Já não as aguento.
A força centrífuga da normalização social é coisa irresistível.
Conversa padrão, vida standard. Empréstimo pré-definido.

Imagens para os números: ter ou não ter expressão?

A indiferença aos números disparados pelos telejornais faz parte do modus vivendi de quem vive em sociedade, especialmente nesta sociedade de informação. A fraca memória é condição essencial para não andar constantemente a tomar Prozac e Xanax. “19 mil pessoas perderam a vida no recente terramoto que assolou o Paquistão.” O que é que esta informação vai provocar na minha vida? Vou andar cabisbaixo o ano inteiro? Vou comentar com um ou dois colegas e depois morre o assunto? A minha preocupação é maior ou menor se o número fosse 50 mil mortos? 200 mil?

Desenvolvemos uma carapaça contra aquilo que não nos é próximo e por vezes até contra o que nos é próximo. Nos Estados Unidos a policia aconselha as mulheres a gritarem “FOGO!” caso sejam violadas, para garantir que alguém realmente aparece. Tal como os médicos, não podemos ficar agarrados aos pacientes que nos morreram nas mãos ou às desgraças que nos invadiram o televisor e páginas de jornais.

Fui ver a exposição World Press Photo e o sentimento generalizada que nos é despertado é a sensação de desumanização, da desgraça humana. A expressão da dor e da injustiça continua a ser o tema ideal para as fotografias ganharem prémios. Até nas fotos de desporto o que ressalta são os inválidos.
O Homem é notícia quase sempre pela negativa. Uma das mais belas fotos da exposição é a de um elefante preso com correntes. O Homem está presente nas correntes e a legenda ainda nos informa da sentença: preso por ter morto vários homens.

Mas a fotografia que mais me indignou é a de um grupo de trabalhadores estropiados. A legenda aumenta a crueza da imagem: Numa fábrica de reparação de aparelhos de ar condicionado na China, uma média de 27 trabalhadores perde um membro por dia. A fábrica onde trabalham não fechou, não instaurou um inquérito, não reviu as normas de segurança, não quis saber. Para o Estado e para os donos da fábrica aquelas pessoas não têm expressão. Outra foto, outro número: a cada 26 segundos uma mulher é violada na África do Sul.

sexta-feira, outubro 07, 2005

Summer is Out

adamastor

Yes it's true, it's 7 Out and it's still Summer. If it wasn't for the fires I would be pleased.

quinta-feira, outubro 06, 2005

Open brain cirurgy

Foto de Paulo Bemfica - Veneza.

segunda-feira, outubro 03, 2005

Expression to the people





Há muita gente com coisas a dizer.

Via El Sr. Garcia.