sexta-feira, fevereiro 24, 2006

Sim, cartazes há muitos


O melhor cartaz político que já vi em Portugal. E provavelmente o primeiro com um conceito decente.

Caso raro 1


Descobri que no único cinema de Tomar, existe uma casa de banho muito específica, é para mulheres, correcto, mas sósias da Princesa Leia.

quinta-feira, fevereiro 23, 2006

2 meses

Todos os dias uma luz diferente a entrar pela janela.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Encontrar uma motivação

“Enquanto lhe preparavam a cicuta, Sócrates pôs-se a aprender uma ária na flauta. Para que te servirá?, perguntaram-lhe. Para saber esta ária antes de morrer”.

segunda-feira, fevereiro 13, 2006

Gárgulas





Adoro estes monstros cuspidores de água. (Do b. lat. gargùla- garganta, «id.», pelo fr. ant. gargoule, «id.»)

Estratégias de Venda





Já não é a primeira vez que assisto a tal exposição de produtos, mas em Tomar é rara a loja que à noite não aproveita os ladrilhos como montra. Aventuro-me a adivinhar o pensamento ruminante do vendedor: "Os transeuntes nocturnos vão ficar tão fascinados com esta querida roupinha de bebé a servir de tapete que estão aqui batidos amanhã de manhã ainda antes da hora de abertura."


Quanto à segunda fotografia (vejo-me temporariamente nesta difícil profissão de crítico de montras e métodos de exposição) acho uma deliciosa explosão de criatividade a maneira como os vitrinistas conciliaram uma livre representação do átomo com as várias percentagens de saldos.

quarta-feira, fevereiro 08, 2006

A vida num pacote.

sacos

Bem melhor que a patética romaria ao Euromilhões.

O nosso homem na cave

Um director de arte que gosta de desenhar, um fotógrafo que gosta de cozinhar, um viajante que gosta de tocar, são várias as etiquetas que se podem colar a este homem renascentista que agora, no mundo da música, tem um alter ego muito publicitário – (Logo), assim mesmo, entre parênteses para ir para o topo da lista do iTunes. Depois de 60 dias de clausura em busca das melodias certas, nasceram onze músicas e um disco –Download This – quase totalmente disponível para download grátis em site próprio (há duas músicas extra só disponíveis na edição em LP).

Após um interregno em que foi globetrotter pelo mundo fora durante oito meses, (Logo) regressa ao projecto e está pronto para os contratos milionários com grandes multinacionais sedentas de novos projectos para corromper.

Poderia dizer que há algo de U2, algo de Radiohead, algo de Bowie e muito dele próprio, mas o melhor é cada um ser o seu próprio critico e inventariar possíveis influências. Saquem, ouçam, divulguem, critiquem, comprem, mas não ignorem.

Parabéns Paulo.

sexta-feira, fevereiro 03, 2006

“Se não os podes vencer, vende-lhes.”



Recentemente, num dos bairros de Amesterdão, foram colocados em vários locais públicos novos sinais que proíbem o consumo de marijuana. Aconteceu o que muita gente já estaria à espera: foram todos roubados no espaço de um dia. Agora, as autoridades não apresentaram queixa nem pediram uma investigação ao Ministério Público, nada disso. Puseram simplesmente os sinais à venda por 90 Euros a unidade. Dentro de pouco tempo todas as CoffeeShops apreciadoras de ironia terão um de certeza. Deixo para cada um as ilações que este vandalismo VS mercantilismo poderá originar.

quarta-feira, fevereiro 01, 2006

correcto, político.

Temos que ser do nosso tempo. Acredito nisso quase sempre, mas de quando em vez irrita-me solenemente estes tempos correctos em que vivemos. Tão certinhos, democraticamente intolerantes com a divergência. A moral, esta que está instalada como a certa, a bem pensante apertou de tal forma o cerco sob a casca de correcta e tolerante que sufoca na sua bondade universal.
Estamos espartilhados por uma norma puritana. Não fumamos porque faz mal, não bebemos porque faz mal, não excedemos os limites porque faz mal, não dizemos o que nos vai na alma porque faz mal, não comemos como selvagens porque faz mal. Não damos tabefes porque faz mal. Faz mal, faz mal. Tudo faz mal, menos não fazer nada e ficar quieto e manso.

Pois que não. Que estou farto. Que merda é esta de madorna? Que entorpecimento é este que transforma os jovens rebeldes em cordeiros amansados? Onde estão os nossos "Misfits"? Os divergentes, os inadaptados?
Acordem! Acordem-me! Acudam-me!


O cinema dos anos setenta na América era mais ousado que o cinema independente europeu dos dias de hoje. Os pintores, os arquitectos e os designers dos anos oitenta tinham mais sentido de humor que os de hoje. Agora ninguém parte nem um ovo sequer. Tudo é ecológico, reciclado e reutilizável. Acético e inodoro.


INODORO.

Santa Maria III

Um pequeno paradoxo para acabar a saga hospitalar.
Em que local é que uma velhota numa cadeira de rodas a gemer que vai morrer não desperta nenhuma acção ou compaixão? Num hospital.