Arrotos e traques são manifestações interiores subvalorizadas.
Se virmos bem, tanto uns como outros, são ataques de saudosismo, elegias a refeições passadas, rememorações em tempos diferentes, o arroto mais próximo, o traque mais longínquo, que evocam uma refeição onde fomos felizes, um prazer gustativo que nos inundou, sabores que nos preencheram. Arrotos e traques mercem um sentido apreço e uma nova leitura/categorização enquanto elegias à história recente.
quinta-feira, abril 24, 2008
Indulto aos gases já!
Postado por O Despachante às 2:55 da tarde 1 comentários
quarta-feira, abril 23, 2008
Polaroid R.I.P.
>>>>>A notícia parece ter chegado sem muito alarido: a Polaroid deixou de fabricar filmes fotográficos instantâneos devido à queda de vendas. A decisão implica o encerramento das fábricas do México, Holanda e Massachusetts (sede). Milhares de fotógrafos e artistas (como David Hockney em cima) estão de luto. Ainda agora saiu uma campanha da Nivea com a inconfundível foto quadrada e respectiva moldura branca. Para a maior parte das crianças aquilo será apenas um lay-out sem sentido, para quem a reconhece é a evocação da morte dum dos mais iconográficos meios de expressão artística do século XX.
"Everything looks different from Polaroid. Polaroids are thick, tactile, slightly unreal. If Polaroids were a movie, they'd be "The Truman Show." If they were novels, Philip K. Dick would have written them. How much you want to bet all the pictures in R. Buckminster Fuller's family albums are Polaroids? They're obsolete and futuristic at the same time, which is a hard trick to pull off, but the glory - and downfall - of Polaroid was managing to do it." Excerto deste artigo.
Anúncio Polaroid anos 80 com o pré-Dr. House:
Postado por O Despachante às 10:44 da manhã 0 comentários
domingo, abril 20, 2008
E assim me angustio
A morte é uma coisa dos vivos.
Só eles pensam e se remoem a pensar nela.
Só eles se angustiam quando aparece na pessoa de um familiar desaparecido.
Só eles se agarram às minudências da mundanidade final.
- Pelo menos não sofreu.
- Pelo menos os filhos já estão crescidos.
- Pelo menos tinha a vida arrumada.
Velórios, enterros e cremações são uma autópsia de grupo
Que emite lugares comuns sobre o único lugar onde seremos sempre estrangeiros
E ignorantes.
- Está no céu..
- Está na terra.
- Está no jardim.
Com o nascimento, os vivos, têm nove meses de preparação, e não chega.
Com a morte recebem uma vida inteira e é sempre uma revolução que se instaura
Sem ideais.
A inadequação é definitivamente a única forma de lidar com ela.
Por mais avisos, telejornais ou electrocardiogramas, nunca ninguém vai aceitar que
A morte é uma coisa dos vivos.
Postado por O Despachante às 9:33 da tarde 1 comentários
quarta-feira, abril 16, 2008
Weighhill
Não é que descobri outro ilustrador com um traço na linha de Mr. Bingo e um humor igualmente agridoce? Chama-se Mr. Weighhill e tem uns projectos bem altruístas como
este e acompanha as ilustrações com copys como este (para ilustração starwariana aqui ao lado): "X-Wing Alphabet
The inventor of the X-Wing wasn’t the overnight success you might think."
Postado por O Despachante às 10:24 da manhã 0 comentários
terça-feira, abril 15, 2008
Bingo!
Aprecio sobremaneira o cáustico ilustrador Mr. Bingo.
Postado por O Despachante às 10:06 da manhã 1 comentários
quinta-feira, abril 10, 2008
drum. drum.
1,2 e 3. drum. drum.
simples como aquela estrada de sombra.
arvores altas, caiadas de branco.
sonha. tens que sonhar.
ficar bom. acalmar.
deixar de tremer. temer.
Postado por Sr. Nefasto às 1:15 da manhã 1 comentários
quinta-feira, abril 03, 2008
From Marylin to Polar Bears
Adoro esta escultura urbana insuflável que descobri via Wooster Collective. O autor chama-se Joshua Allen Harris.
Postado por O Despachante às 3:22 da tarde 0 comentários
Marcadores: street art