quarta-feira, novembro 05, 2008

Carrocel

Carrocel

Texto do senhor Funesto que tão bem contextualiza esta imagem:

As cores de velho cartão postal acentuam a nostalgia que jaz no olhar de quem observa, nostálgico, uma infância que passou e não volta.

Mas as voltas estão lá, nas voltas do próprio carrocel que rememoram o mito do eterno retorno dessa época em que julgávamos que o mundo era eterno e as crostas das feridas nos joelhos lá iriam ficar para sempre.

O registo é inquietante e torna o espectador ansioso e também cúmplice enquanto acompanha a luz que discorre harmoniosamente até à sombra do lado esquerdo. Parece que queremos ouvir a história que existe para ser contada e ouvimos o som do movimento.

Logo em seguido somos surpreendidos pela frieza que não julgávamos lá, por uma estética/estática que fala por silêncios e nos leva a levitar numa fábula que vive mais do que omite do que daquilo que nos mostra.

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