Texto do senhor Funesto que tão bem contextualiza esta imagem:
As cores de velho cartão postal acentuam a nostalgia que jaz no olhar de quem observa, nostálgico, uma infância que passou e não volta.
Mas as voltas estão lá, nas voltas do próprio carrocel que rememoram o mito do eterno retorno dessa época em que julgávamos que o mundo era eterno e as crostas das feridas nos joelhos lá iriam ficar para sempre.
O registo é inquietante e torna o espectador ansioso e também cúmplice enquanto acompanha a luz que discorre harmoniosamente até à sombra do lado esquerdo. Parece que queremos ouvir a história que existe para ser contada e ouvimos o som do movimento.
Logo em seguido somos surpreendidos pela frieza que não julgávamos lá, por uma estética/estática que fala por silêncios e nos leva a levitar numa fábula que vive mais do que omite do que daquilo que nos mostra.
quarta-feira, novembro 05, 2008
Carrocel
Postado por Luis Mileu às 12:47 da manhã
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