terça-feira, maio 31, 2005

quarta-feira, maio 25, 2005

Bettie

www.vampress.net/bettie
Parece que agora anda tudo numa de fetiches e que uma Dita senhora voltou à carga com os seus shows de pin-up bem comportada. Digo-vos umas coisas como resposta: a Dita senhora é uma cópia moderna da grande pin-up dos anos 50 - Bettie Page, segundo www.ozombie.com estão a iniciar a produção de um filme sobre a vida da Bettie, se espreitarem as fotos fetichistas da Bettie poedrão ver que vivemos um processo de retrocesso, e uma pin-up/stripper nunca, mas nunca, deve parecer/ser bem comportada.

Rich, Richer, Richest

rich
"There's a new sport in the west: getting rich.
A lot of us participate.
Many are training hard. Who can do it the fastest?
The richest people are often depicted as big heroes in business magazines.
Money is hot.
Investing a must.
There are no limits.
Now, we don't want to judge this money fever, but sometimes it is good to realise that somewhere else in this world there are people playing a different game: surviving.
They participate in three categories: poor, poorer, poorest.
These are the people that we help.
HOW BIG IS YOUR WORLD ?"

Infelizmente cada vez faz mais sentido o conceito utilizado neste trabalho pela agência Holandesa Kesselskramer para a Organização Humanitária Novib.

terça-feira, maio 24, 2005

Chaparro



Originally uploaded by Sr.Nefasto.

O pavilhão de Portugual na Expo2005, no Japão, tem uma espécie de escultura em cortiça. A cortiça foi retirada de um sobreiro em Portugal, numerada e reconstruida sobre uma estrutura artificial no Japão. Não se podia levar a árvore, porque não sobrevivia. Os sobreiros em Portugal também não sobrevivem, entre os que morreram no Alqueva por causa de uma quota idiota, os que ardem todos os verões e os que são cortados por conta da especulação imobiliária da máfia partidos/ politicos/ bancos/ contrutores, não nos resta muito para mostrar. O sobreiro (Quercus Suber para os latinos) deveria ser tão importante para os portugueses como o carvalho foi para os bretões.

Mas que raio de ideia é mandar um fantoche de sobreiro para o Japão? E que raio de ideia é fazer packs com o galo de Barcelos? Parece que os japoneses adoram o nosso simbolo túristico criado pelo Estado Novo.

A todos, um grande, sincero, bordalesco e belo manguito! Toma!

Monkey business


pub
Originally uploaded by Sr. Funesto.

Eu sou suspeito porque, ahn... quando era pequeno preferia o Mil Imagens ao Topo Gigio. Se querem ver grandes frases publicitárias ou slogans políticos façam um passeio a pé entre o Mercado do Loureiro (grande espaço de animação no Santo António) e o Chapitô. São tantas as pérolas que dava para abrir uma joalharia. Foto de Luís Moreira.

Happy Birthday Penguin

penguin
Eu sou suspeito, porque nasci nos anos setenta e porque, ahn..., porque visto de perfil e ao longe pareço um pinguim, mas a verdade é que eu adoro a editora inglesa "penguin" que fez agora 70 anos e editou setenta livros emblemáticos com capas fervilhantes de boas ideias gráficas de autores borbulhantes de palavras certas, umas a seguir às outras. A Penguin inventou o livro de bolso e sempre apostou numa grande variedade de design. Espreitem os setenta livros ou a edição dos clássicos ou os policiais, praticamente todos os livros apelam aquilo que os livros devem apelar: devorem-me!

Originally uploaded by Sr. Funesto. http://www.penguin.co.uk

segunda-feira, maio 23, 2005

Nem todos os portugueses

Nem todos os portugueses são católicos, nem todos os portugueses são do Benfica.
Nem todos são Majores, nem todos são políticos, nem todos negoceiam em marfim e diamantes. Nem todos os portugueses têm contas na Suiça, nem todos têm dupla nacionalidade, nem todos têm advogado.
Nem todos os portugueses têm carro oficial, nem todos os portugueses aparecem na televisão. Nem todos fazem plásticas, nem todos têm emprego. Nem todos são empresários, nem todos são relações públicas. Nem todos são Comissários Europeus, nem todos têm acções do Benfica. Nem todos têm sacos azuis, nem todos têm aquecimento central, nem todos têm seguros de saúde, nem todos têm contratos.
Nem todos, nem todos. Nem todos os portugueses vão a Fátima, graças a Deus.

quinta-feira, maio 19, 2005

Capcom


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Originally uploaded by Sr.Nefasto.










De todas as coisas belas sob o céu, os desenhos japoneses estão nos primeiros lugares. Mesmo que saturados de tanto sushi e criatividade oriental, sabe sempre a ginjas - no oriente deve ler-se lichias - ver os desenhos da Capcom (outra das editoras de jogos que me impede de ficar velho) e sonhar com o dia em que vou desenhar assim.

quarta-feira, maio 18, 2005

Have you seen this man?


Street
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Paulo, viajante, oito meses sem parar. Por aqui engole-se em seco num misto de inveja e admiração. Até já.

love


love
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NY é uma paixão difícil de esquecer.

quinta-feira, maio 12, 2005

Post sem imagem ou "POR QUEM DOBRAM OS SINOS?"

Sempre gostei deste título. Ainda não tinha lido o livro do Sr.Hemingway e já gostava.
Por quem dobram os sinos? Perguntava sempre quando, em pequeno, ouvia o sino da igreja ao fundo da minha rua tocar. Tocam a finados. - respondia a minha mãe - Morreu o velhote da rua "Da d'mestre". E aí reside a importância da pergunta. Os sinos tocam, dizem se é por morte ou por casamento. Mas não dizem por quem.

segunda-feira, maio 09, 2005

Big Bad Nigger from Bronx?


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Originally uploaded by Sr. Funesto.
No. Small Not So bad Moose (Mighty Uprock Animals) by Kevin Lyons. Isto de adultos sérios andarem fanáticos por brinquedos tem de certeza muito que se lhe diga. Eu não sei muito bem o quê. A verdade é que este veio na minha mala e agora anda lá por casa. Os Designers toys, Vynil toys ou como disse uma amiga "os bibelots modernos" estão por todo o lado na Big Apple e é difícil resistir-lhes. Na Kid Robot vi um Estrumpfe negro de dois palmos de altura que quase me hipnotizou e em EastVillage vi a miúda do GhostWorld que quase me seduziu. O cartão de crédito resistiu. A verdade é que nunca recuperei daquela estação espacial da Lego que a minha Mãe acabou por não me dar no Natal de 86.

terça-feira, maio 03, 2005

Russ Meyer's Faster Pussycat Kill! Kill!


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Linda tries to play
nice with the pussycats

Linda:
"I'm glad you're here. Would you like a soft drink?"
Rosie:
"You gotta be kiddin'. A soft drink she say!
Honey, we don't like-a nothing soft. Everything we touch is HARD!".

Superar o Sr.Crumb é uma missão difícil, quase impossível. Apenas Meyer está à altura.

segunda-feira, maio 02, 2005

Manga


"ukiyo-e" por Shumboko Ono
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Em 1702 Shumbolo Ono uma das primeiras estrelas do Manga tornou-se popular com uma série de livros que contavam histórias da zona dos prostíbulos. Estes livros conhecidos ukiyo-e encontram-se na génese da arte sequencial japonesa.
O termo Manga foi criado apenas em 1815, pelo artista Hokusai, que viveu entre 1760 e 1849 deixando mais de 30.000 trabalhos. Foi ele o autor de uma muito famosa e usada gravura "A Grande Onda". Manga deriva das palavras man que significa "apesar de si mesmo" e ga que significa "imagem".

Três séculos depois, o mesmo período desenhado por Shumbolo Ono pode ser encontrado na magistral graphic novel "A Lenda de Kamui", cuja história de dois ninjas renegados que no fino fio da espada confundem e são confundidos pelo amor, o ódio e a traição é uma das melhores introduções possíveis ao mundo da BD Japonesa.

Lone Wolf and Cub


lw
Originally uploaded by Sr. Funesto.

Lone Wolf and Cub de Goseki Kogima e Kazuo Koike (Dark Horse Comics, 28 volumes, à venda na BD Mania)
Para quem ainda não é um iniciado, Lone Wolf and Cub é uma epopeia ao estilo dos Lusíadas, mas com uma grande vantagem: é reader friendly.
A história é a seguinte: vítima de uma intriga maquiavélica, urdida por um clã rival, um samurai é banido da corte de Edo e fica condenado a errar de terra em terra, acompanhado pelo seu filho de 3 anos. Sem um senhor por quem possa lutar e morrer – a honra máxima a que um samurai pode aspirar -, a sua vida deixa de fazer sentido.
Perseguido sem tréguas, ele é obrigado a percorrer um Japão medieval em transformação que, se, por um lado, ainda valoriza a pureza do Bushido – o rígido código de honra dos samurais –, por outro, já percebeu que para evoluir, vai ter de abdicar dele.
É numa terra em mutação, plena de contradições, de contenção máxima e explosão extrema, de reflexão e destruição, de espadas de ferro e armas de fogo, que se movem Ogami Itto e o seu filho, executando assassinatos a troco de dinheiro, cortando os torsos de inimigos e desconhecidos, com golpes perfeitos de destreza suprema, página após página, cadáver após cadáver. Eles são uma espécie de últimos dos moicanos, um lobo solitário e a sua cria, desgarrados da alcateia, os últimos exemplares de uma certa ideia de Japão idílico, que há muito deixou de existir.
Ao longo de 9.000 páginas – leu bem, nove mil páginas –, que começaram a ser publicadas no início dos anos 70, Goseki Kogima e Kazuo Koike conduzem-nos ao encontro de uma nação admirável, pontilhada por centenas de pequenos episódios que nos permitem descobrir a fortíssima relação entre pai e filho, pautada por um implacável código do Bushido que se sobrepõe a qualquer laço familiar, mas ao mesmo tempo e paradoxalmente, serve para fortalecer cada vez mais os laços que os unem.
O que mais impressiona nesta saga é que, embora os episódios espelhem sempre a serenidade brutal da vida de um ronin – samurai sem amo –, nunca ficamos com a sensação de eles se repetirem e, a cada novo episódio, absorvemos sempre um pouco mais da maneira de ser de um povo radicalmente diferente do nosso.
Texto de Ricardo Miranda / Desenho de Frank Miller

O nome da coisa que já não existe.

O determinismo deixa-me nervoso. Não quero nem por um momento acreditar em tal coisa. Mas a forma como os erros se repetem, como a ignorância - de espécie já conhecida - se multiplica e surge uma e outra vez como que para nos demonstrar que é fado humano o gosto pelo uso da força, o amor à exploração do homem pelo homem e a paixão pelos fanatismos colectivos.
Hoje é a vez de Timor nos lembrar desta condição humana.
http://barnabe.weblog.com.pt/arquivo/103576.html
Reparai como não escrevo de forma directa sobre o tema propriamente dito. Assim, como os maçons, escuso-me a falar de política ou religião. Que, como se sabe, são como a miséria - adoram companhia.