"Alice" de Bob Wilson e outros na Fundação Ellipse. Não aconselhável a pessoas alérgicas a algodão.
sexta-feira, março 30, 2007
Viagem elíptica
Postado por O Despachante às 2:06 da tarde 1 comentários
quarta-feira, março 21, 2007
John Currin
Um pintor de quem sempre gostei foi Lucian Freud, especialmente pelas suas pinceladas que condenam cada personagem pintado à sua inerente e bruta natureza carnal. As pessoas presas num quadro de Freud estão presas à sua mortalidade, apesar de presentes num meio que promete e preserva a ideia de imortalidade. Agora descobri John Currin onde encontrei esse mesmo ar normal e carnal de Freud, mas com uma dose reforçada de ironia nesse jogo entre imagens icónicas e imagens banais do dia-a-dia. Se isto fosse fotografia talvez fosse um Martin Parr. Senhoras e senhoras: Joooooohn Curriiiin!
‘What I do’, Currin has said, ‘is to find a cliché and try to believe in it’. His work rejects the decorous conventions of the female nude by melding art-historical references with the fantasies of advertising and pornography. The woman’s body and pose in Honeymoon Nude recall Renaissance prototypes (especially Botticelli’s Birth of Venus) but she has a recognisably contemporary face. Currin presents the female nude as a commodity, the embodiment of male fantasy. As if emphasising the narcissistic aspects of desire, he bases the woman’s face on his own self-portrait.
Postado por O Despachante às 8:41 da tarde 8 comentários
Marcadores: John Currin
segunda-feira, março 19, 2007
Ser do contra
A neve de Val Thorens estava boa e fofa, mas foi em Geneva que nos deparámos com preciosidades. Arrojada ou ingénua esta asiática contrafacção que sintetiza referências da Mike Davis, Nike e MacDonald's?
Postado por O Despachante às 3:17 da tarde 2 comentários
segunda-feira, março 05, 2007
Balada de um revolver triste
Um revolver em aço polido como um relógio suíço.
Tudo no sitio certo, sempre afinado.
Seis, tac, tic, duas, uma.
Como uma serpente, afeiçoa-se a qualquer mão.
Está sempre carregado. Seis balas de ponta afiada.
Uma, duas, três, tic, tac, seis.
Vive aqui dentro. Não se sabe quem cá o deixou.
Sempre pronto. Tic, Tac, sempre pronto.
Pobre, pobre revolver que queria ser uma navalha espanhola.
Para não matar à distancia. Para não ter gatilho.
Para não ter tambor. Para não ter mira.
Seis, tac, tic, duas, uma.
Está sempre carregado, mas nunca se mexeu.
Triste aqui dentro, espera a sua vez.
Tic. Tac. Bang.
Postado por Sr. Nefasto às 3:29 da tarde 1 comentários
quinta-feira, março 01, 2007
Os graus da História
Segundo um estudo sobre os orgulhos nacionais do mundo fora, os portugueses saíram-se vencedores como sendo aqueles com maior grau de orgulho na sua História, seguidos de perto pelos norte-americanos num honroso segundo lugar.
Isto só é assim porque os americanos não têm passado e porque nós não temos futuro.
Postado por O Despachante às 3:31 da tarde 3 comentários