os olhos são de criança.
a cabeça brilha com a luz reflectida na piscina natural de ondas falsas.
a cara sempre foi igual.
pelo menos para mim, não mudou nos últimos trinta anos.
apenas o olhar foi desaprendendo.
antes era velho e cheio de histórias, agora olha através de mim sem respostas, sem memória, apenas com o medo e a ingenuidade de quem vê tudo sempre pela primeira vez.
à sua volta a família.
toda a família. a que sabe onde ele está. ou a que está para lá estar.
as filhas parece que são suas irmãs.
a diferença entre oitenta e cem anos é de apenas um olhar.
voltarei a ver a família no próximo funeral. ou no próximo casamento. tanto faz.
a família toda. a família nada.
domingo, setembro 28, 2008
já não se consegue ver se foi um homem bom ou um crápula cruel
Postado por Sr. Nefasto às 9:48 da tarde
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1 comentário:
Por razões várias fiquei presa a este texto...
Parabéns pelo blogue!
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