raios partam,
por não adivinharmos a curva. apertada.
a que não tem marcas amarelas que avisam para que lado se torce.
aquela que vem, depois da lomba, quando é de noite e as árvores não deixam alternativa.
zumn zumn zumn.
raios partam,
por não fecharmos a janela para que as coisas não deixem som ao passar tão rápido.
por não amarmos os sorrisos que criamos, sabendo o que custa deixa-los morrer.
todos se perdem numa curva que alguém fez, mas não marcou.
uma curva sem pistas.
zumn zumn zumn.
raios partam,
o amanhecer. que não deixa ver depois da curva, que apenas confunde.
o amanhecer frio, sem fim. que todos dizem amar, sem ver.
que chega quando é mais fácil esperar a direito, sem reduzir.
zumn zumn zumn.
raios partam,
porque era uma vez uma curva torta, retorcida, imprevista e imprevisível.
que apareceu depois de se ganhar balanço, quando não se sabia que ainda estava por fazer.
veio e ainda não se deixou passar.
zumn zumn zumn.
raios a partam. e a mim que a fiz.
segunda-feira, setembro 01, 2008
mantra do frio amanhecer
Postado por Sr. Nefasto às 3:49 da manhã
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2 comentários:
só me ocorre uma interjeição católica:
"oh, minha nossa Senhora"
ou mesmo
"Valha-te Deus".
e nós somos os dois ateus...
que mantra bueno ya
emiliorobin.blogspot.com
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