Espero que se abram muitas garrafas de bom vinho nos próximos dias, estes são os meus votos. E por falar em cork-screwer, aproveito para relembrar que hoje é dia de ter pelo menos um orgasmo pela paz. www.globalorgasm.org
sexta-feira, dezembro 22, 2006
Bem sacado
Postado por O Despachante às 5:57 da tarde 2 comentários
terça-feira, dezembro 12, 2006
Coisas da Madeira #1
"Sim, o problema deste pais é o baixo nível de tortura geral."
Postado por Sr. Nefasto às 6:06 da tarde 1 comentários
segunda-feira, dezembro 11, 2006
Dado
Segundo dados recentes por vezes há noites de tascas simpaticamente rascas que se transformam em noites de tabernas alegremente finas.
Postado por O Despachante às 7:36 da tarde 3 comentários
quinta-feira, dezembro 07, 2006
azul e branco
Ninguém me convence do contrário, a decoração de Natal da Avenida da Liberdade é uma forma insidiosa e subliminar de vender Nivea. Já estou a ver: dia de Natal, milhares de alfacinhas a desembrulhar presentes e Oh! Surpresa! boiões de creme Nivea. Obrigado pai, obrigado tia, obrigado avó. Porcos fascistas é o que é!
Postado por O Despachante às 6:47 da tarde 5 comentários
terça-feira, dezembro 05, 2006
segunda-feira, dezembro 04, 2006
Fídelio
Os amigos têm um tempo. As relações têm um tempo.
Um tempo de avanço, de acontecimento.
Depois entram num espaço de hibernação, de onde são recuperadas de quando em vez, para lhes sacudirmos o pó. Nestas alturas o passado e o futuro trocam de lugar, e as coisas prolongam-se ao contrário, re-misturando o que já foi. Uma e outra vez, de muitas formas, mas sempre da mesma forma.
E por muitas coisas que tenham entretanto acontecido, por muito que tenhamos mudado, nestes encontros as cicatrizes nunca são visíveis, ou se o são ninguém as vê.
Tudo é perdoado durante um espaço suspenso, fora do tempo.
Depois esse intervalo termina, normalmente quando o vinho acaba e a manhã já encandeia, e tudo volta ao seu lugar, as marcas são outra vez evidentes e retomamos a bagagem deixada à porta.
Até à próxima vez. Se a houver.
Postado por Sr. Nefasto às 3:37 da tarde 2 comentários
domingo, novembro 26, 2006
poema
em todas as ruas te perco
conheço tão bem o teu corpo
sonhei tanto a tua figura
que é de olhos fechados que eu ando
a limitar a tua altura
e bebo a água e sorvo o ar
que te atravessou a cintura
tanto tão perto tão real
que o meu corpo se transfigura
e toca o seu próprio elemento
num corpo que já não é seu
num rio que desapareceu
onde um braço teu me procura
Em todas as ruas te encontro
em todas as ruas te perco
Cesariny
Postado por Sr. Nefasto às 11:47 da tarde 0 comentários
segunda-feira, novembro 20, 2006
quinta-feira, novembro 16, 2006
quarta-feira, novembro 15, 2006
Steven Wright
"A maior parte das pessoas têm medo das alturas, eu tenho medo das larguras."
"Tenho um amigo que faz vozes para a rádio, quando passamos de carro debaixo de uma ponte, não consigo ouvi-lo."
"Um dia destes descobri uns coelhos com uma lanterna a fazerem sombras chinesas, estavam a fazer o perfil de pessoas."
Descobri mais um genial stand up comediant. Obrigado Youtube. Um dos espectáculos aqui.
Postado por O Despachante às 5:08 da tarde 0 comentários
terça-feira, novembro 14, 2006
Sticker war
A última vez que estive nos Estados Unidos fiquei incomodado com a quantidade de carros que ostentavam na traseira um autocolante que dizia "we support our troops", incomodado porque o verdadeiro significado oculto é "we are so stupid that we support Bush administration." Descobri este outro autocolante no Flickr e espero que esteja num crescendo de propagação. Entretanto mais 60 iraquianos morreram ontem em atentados e 100 pessoas foram raptadas hoje de manhã por um grupo armado.
Postado por O Despachante às 10:41 da manhã 0 comentários
domingo, novembro 12, 2006
Projecto de vida
Um dia destes vou dar a volta ao mundo e recolher matéria-prima para déjà-vues.
Postado por O Despachante às 3:10 da manhã 0 comentários
sexta-feira, novembro 10, 2006
Dude's dream
Este é sem dúvida um dos melhores sonhos da história do cinema.
Postado por O Despachante às 7:53 da tarde 2 comentários
quinta-feira, novembro 09, 2006
Like the other
Finalmente uns anúncios de Imprensa do Sony Bravia que chegam aos calcanhares da TV. Assim temos campanha.
Postado por O Despachante às 5:31 da tarde 0 comentários
quarta-feira, novembro 08, 2006
David Hockney
Por Christrian Grund.
Aproveito para informar o Sr. Nefasto e o Sr. Lda que este é o nosso 400º post.
Postado por O Despachante às 1:03 da tarde 0 comentários
sexta-feira, novembro 03, 2006
Filhos do filme
O "Children of Men", filme do senhor anteriormente reconhecido por ter realizado o "Y tu mamá también" - Alfonso Cuarón tem muito apocalipse, tem muito Clive Owen, tem muito Renault Mégane do ano 2027 e tem também uns graffitis da coqueluche dos stencils, o Sr. Banksy. Esta facto ajuda a falar ainda mais do filme ou mesmo a vê-lo uma segunda vez para descobrir os bonecos. Curiosidade também de notar é a criação de um site real de um movimento fictício (porque inserido na ficção) o Human Project. Quanto ao filme gostei, não é uma Brastemp, mas gostei.
Postado por O Despachante às 6:54 da tarde 2 comentários
quinta-feira, outubro 26, 2006
Um bigode de tinta.
Lembro-me de ver pela primeira vez, ainda em criança, os filmes dos Irmãos Marx.
O Sr.Groucho Marx será sempre um mestre para qualquer criativo que se preze: "os seus olhos, a sua garganta, os seus lábios... tudo em si me faz lembrar de si, excepto você mesma."
Postado por Sr. Nefasto às 9:39 da manhã 2 comentários
terça-feira, outubro 24, 2006
Muita simpatia
Descobri neste simpático blog, um simpático fotógrafo chamado Benjamin Kanarek que tem o simpático hábito de fazer algumas sessões fotográficas com o tal democratizado erotismo. Sim, lá por casa, tudo bem.
Postado por O Despachante às 4:07 da tarde 0 comentários
segunda-feira, outubro 23, 2006
“Escuta bem Tom: uma jangada é coisa simples de fazer.
Bastam duas dúzias de bons garrafões de plástico ou vasilhame equivalente e uma mão cheia de metros de arame.
Tudo bem atado e reforçado com fita adesiva em quantidade que baste, e estamos prontos a partir.
A dificuldade reside na vela.
Não é fácil encontrar uma vela pronta para os ventos de norte, e que não desatine com os ventos de sul.
Uma vela do tamanho certo, não importa a cor, porque uma jangada de piratas pode marinar sem pavilhão ou estandarte.
Mas uma vela que saiba qual o sabor certo do vento, essa não é fácil de encontrar.
Anda, que temos pressa nessa vela, urgência, premência. O rio enche a olhos vistos, a corrente puxa forte para o oceano.
Que vida é esta de aldeões quando deveríamos ser piratas?
Sem chegar nunca, sempre de abalada.”
Postado por Sr. Nefasto às 10:49 da manhã 1 comentários
quinta-feira, outubro 19, 2006
Corram para as bancas
e comprem a Flaunt. Na página 168 podem começar a "ler" um artigo que junta fetish, acessórios da Coco de Mer, a Scarlett Johansson e a Dita Von Teese, entre corpetes e vários cabedais. Provavelmente é a sessão fotográfica mais memorável desde que o José Cid se deixou apanhar nu com um disco de ouro a servir de tanga.
Postado por O Despachante às 6:09 da tarde 1 comentários
quarta-feira, outubro 18, 2006
Digam-me lá se isto não é a prova cabal de que vivemos na Aldeia Global?
Um uruguaio residente em Espanha foi preso pela GNR por praticar actos de vandalismo no cemitério paroquial de Âncora, Caminha. (Notícia do Correio da Manhã).
Postado por O Despachante às 1:06 da tarde 0 comentários
sexta-feira, outubro 13, 2006
segunda-feira, outubro 09, 2006
Filmagens na praia
O melhor de filmar em exteriores não é o possível "glamour" que poderá envolver as filmagens, mas sim os mirones que de certeza as vão rodear. Desde os velhotes à procura de qualquer acção (leia-se bikinis) até ao miúdo que quase pediu um autógrafo (aqui podem vê-lo tímido de caneta e caderno em riste) o leque voyeuristico que surgiu em Tróia foi digno de uma passadeira vermelha.
Postado por O Despachante às 2:46 da tarde 2 comentários
terça-feira, outubro 03, 2006
Cheia de Graça
Esta é realmente uma saia cheia de Graça. Perdoem-me o trocadilho mas é inevitável, porque a saia é reveladora da personalidade da dona, a Graça. Ela é assim, curiosa, eclética, invejável e move-se por este mundo com o encanto de uma garota de Ipanema.
E além de modelo da saia a Graça também é a modelista. Dou-lhe a palavra:
"O padrão é uma reinterpretação dos padrões mais "explícitos" japoneses para crianças. De Barcelona passou por minha casa em Lisboa, onde a talhei (lindo verbo :-) e seguiu para Guimarães para a Dona Conceição (Sãozinha para as adeptas) que a coseu, "lavando antes as fitas, não fossem estragar a peça". As fitas da "Bahia" vieram de uma feira de artesanato e, como não me conseguia decidir nas cores, acabei por fazer negócio "à la marroquin" com o senhor e comprei 10 rolos de cores diferentes pelo preço de 6."
Fosse eu uma Madame Funesta e gostaria de ser assim.
Postado por O Despachante às 11:51 da manhã 1 comentários
quarta-feira, setembro 27, 2006
Objecto de descrença
O Objecto
Há que dizer-se das coisas
o somenos que elas são.
Se for um copo é um copo
se for um cão é um cão.
Mas quando o copo se parte
e quando o cão faz ão ão?
Então o copo é um caco
e um cão não passa dum cão.
Quatro cacos são um copo
quatro latidos um cão.
Mas se forem de vidraça
e logo foram janela?
Mas se forem de pirraça
e logo forem cadela?
E se o copo for rachado?
E se o cão não tiver dono?
Não é um copo é um gato
não é um cão é um chato
que nos interrompe o sono.
E se o chato não for chato
e apenas cão sem coleira?
E se o copo for de sopa?
Não é um copo é um prato
não é um cão é literato
que anda sem eira nem beira
e não ganha para a roupa.
E se o prato for de merda
e o literato de esquerda?
Parte-se o prato que é caco
mata-se o vate que é cão
e escreveremos então
parte prato sape gato
vai-te vate foge cão
Assim se chamam as coisas
pelos nomes que elas são.
Ary dos Santos
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Parece que se tornou comum reconhecer-se publicamente que não se gosta de poesia, facto ao qual não me oponho, até porque anteriormente muitas pessoas reconheciam publicamente que adoravam poesia sem nunca terem lido mais do que dois sonetos do Camões e três estrofes do Vinicius de Moraes. Não tenho lições a dar aos descrentes na poesia, apenas este poema que adoro e quero partilhar.
Postado por O Despachante às 2:36 da tarde 5 comentários
segunda-feira, setembro 25, 2006
últimos cartuchos
Como o Sr. Lda não nos presenteia com as suas fotos de qualidade, eu posto aqui as minhas humildes "still-lifes" ou seja: um exemplo de contrafacção descarada do logótipo/personagem Super Mário, uma t-shirt que atesta o fervoroso apoio ao Barça no corpo de uma criança que chorava por dhirams e um stencil com o bule do sempre presente chá de menta marroquino.
Postado por O Despachante às 11:18 da manhã 3 comentários
segunda-feira, setembro 18, 2006
Já foram.
Fico sempre triste com o fim dos caracóis, dos percebes, das gambas e das amêijoas.
E dessa coisa magnífica que é jantar na rua.
Postado por Sr. Nefasto às 2:00 da tarde 5 comentários
quarta-feira, setembro 13, 2006
Super coooooool
Não sei o que é que as pessoas pensam sobre a mais recente campanha de cariz sexual da Super Bock, mas isto é o que pensa o António Jorge Gonçalves.
Postado por O Despachante às 11:05 da manhã 0 comentários
segunda-feira, setembro 11, 2006
“Volver”
Almodóvar voltou ao cinema, à sua infância em La Mancha, às suas actrizes e à sua cenografia enraizada, rica em padrões coloridos e calorosos, seja no genérico, nos vestidos, nas batas, nas cortinas ou no papel de parede.
Almodóvar voltou a mostrar o seu humor de costumes e obriga-nos a rir com as carpideiras e os rituais do culto dos mortos. Este é um cinema que quer cimentar a sua própria mitologia e procura inspiração directa na época de ouro do cinema italiano. Um garimpo rápido prova-o facilmente. A galeria de mães, cantoras, traídas, traidoras, putas e filhas almodovorianas não pode ignorar a galeria felliniana; a imagem de Penélope Cruz nunca foi tão sensual, tão generosa nos enchumaços, tão decotada, tão Sophia Loren (veja-se a Sophia de Ieri, Oggi, Domani di Vittorio De Sica); e Almodóvar chega mesmo a dar-nos de bandeja um paralelismo italiano ao mostrar-nos uma mãe extremista (a pirómana Cármen Maura) que vê na televisão um filme com uma mãe extremosa, Anna Magnani no filme “Bellísima” de Visconti. Em ambos os filmes, as mães quiseram introduzir as filhas no mundo do espectáculo.
Almodóvar oferece-nos este paradoxo: em “Volver” vemos a vida como ela é, mas ao mesmo tempo vemos uma ambição de cristalização numa mitologia cinematográfica que vampiriza o próprio cinema.
Postado por O Despachante às 12:21 da tarde 5 comentários
segunda-feira, setembro 04, 2006
3 diálogos
Um deles é falso, os outros são verdadeiros.
De manhã
- A Liga não vai meter o pé na Federação?
- Não, nesta altura do campeonato já não dá.
De tarde
- Não tem estes óculos no tamanho acima?
- Não, mas na minha óptica ficam-lhe muito grandes.
De noite
- Aquele gajo é mesmo um pão!
- Sim, mas ainda é puto.
- Ok, ok. É um pão de leite.
Postado por O Despachante às 9:23 da manhã 3 comentários
quinta-feira, agosto 31, 2006
terça-feira, agosto 29, 2006
sexta-feira, agosto 25, 2006
Marrocos é isto
É miscelânea de paisagens, de caracteres, de políticas, de culturas e de hábitos.
A Coca-Cola está presente nas regiões mais recônditas, seja em anúncios, numa grade ao lado do omnipresente pão achatado marroquino, à refeição dos turistas (não convém pedir sumos naturais e não há cervejas na maior parte dos sítios) ou à beira da estrada como recipiente para vender mel. A escrita árabe convive, num aparente anacronismo, com os personagens do Walt Disney. A herança milenar berbere vive amigada com jovens conceitos comerciais estrangeiros. Ao contrário do que eu julgava o horizonte desértico é apenas um entre muitos tipos de horizontes geográficos que o reino oferece. Vimos o Alentejo, vimos o México, passámos pela Floresta Negra, atravessámos a Suíça e descobrimos que, apesar de Chefchaouen se poder assemelhar a Amesterdão (devido aos liberalismos), é na realidade a cidade geminada de Mértola (segundo fonte quase segura). Nos mercados, medinas ou souks, encontra-se tudo: talhantes orgulhoso das suas cabeças decepadas, torres intermináveis de bolos, biscoitos e outros doces que quase desabam em cima do vendedor, camaleões e babuchas, dentro e fora de gaiolas, mulheres ocultas e mulheres modernas, e uma interminável variação de todas as expressões de artesania à disposição do regateio dos compradores. Marrocos é tagine, especiarias, sumo de laranja e a hospitalidade do chá de menta, é francês, berbere, árabe, português, espanhol, emigrante, autóctone, turista, praia, montanha, deserto, camelo, burro, mercedes, "grand taxi" e "petit taxi" e figos de cacto. Marrocos é uma t-shirt de contrafacção adidoss à venda ao lado de uma cimitarra com duzentos anos. Marrocos é mais ou menos isto.
Postado por O Despachante às 12:13 da manhã 2 comentários