segunda-feira, maio 15, 2006

Meca






Nas paredes ao nível dos olhos e nas alturas, nos bares, nos cafés, nas horizontais e diagonais, nos museus de rua e nos oficiais, nas galerias e nas lojas, nos restaurantes da moda e naqueles acima das tendências, nos autóctones e nos turistas, nos festivais organizados e nas manifestações espontâneas que germinam nas ruas, nos mercados e nas praças, nos chiringuitos cheios de hype e nas ruelas húmidas de história, roubos e conspirações, nos clubes suados, sujos e sedutores e nas filas inexplicáveis das peregrinações habituais, no gótico, no barroco, na arte nova e no modernismo, na persistência de uma língua e de uma identidade, nos pés e rins doridos de tanto andar, na praia conquistada, nos imigrantes e passantes, na oferta e na procura, Barcelona é sem dúvida uma cidade em constante ebulição, onde todos os fieis da civilização deveriam ir uma vez na vida, tal como os muçulmanos se obrigam a ir a Meca.

Sem comentários: