sexta-feira, abril 29, 2005

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A luz de fim de tarde que me encandeia os sentidos, desperta a vontade de não adormecer o corpo em cima da cama, ainda por fazer. Gritei numa mensagem a vontade de inverter o conselho que a minha mãe certamente me obrigaria a cumprir: descanso. Vem de volta a promessa de uma cerveja leve ao lado do pesado Adamastor... Depois da segunda rodada desembarca a pergunta: E agora? - Agora vamos a uma festa com o rosto do número de uma porta aqui no bairro. Vamos pois. À medida que subíamos as escadas encontrámos uma mostra de arte que abraçava as paredes e as divisões de dois pisos com pinturas, fotografias e uma instalação de vídeo, brindada com vinho tinto, sangria e Sarah Vaughan. No percorrer da exposição de sala em sala, entrei numa cozinha onde estava um grupo a conversar e aí apercebi-me que a mostra era em casa dos artistas, e eu movimentava-me avidamente pelo seu espaço, sem conhecer nenhum deles. Não houve perguntas, só sorrisos... se tivesse encontrado este espaço em Berlim dizia-me certamente alguém - à pois é, Berlim é muito à frente amigo...

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