segunda-feira, abril 11, 2005

Ode nº1

Assim como o designer que quer ser alguém deve desenhar uma superleggera, também todo aquele que escreve em algum lado deve compor uma Ode. Saber tocar harpa é opcional nos dias de hoje.
Por isso, e com afinação em Sol maior, aqui está:

Super Ode à Orgia de Sangria

Vieste p'la rua abaixo, com esse teu andar pausado
Vieste deixar-me a garganta seca com o teu olhar abrasador
Agora que partiste só me resta correr apressado
Para a esplanada do Adamastor.

Sangria, Sangria Desatada.
Sangria, mais Sangria. Sim, Senhor!

Nas tardes de semana na esplanada ou na tasca do bacalhau,
E chegar à Agência com aquele requintado odor.
Embalado no paladar do seu suave torpor.
Babar para o teclado e ligar o aspirador.

Sangria, Sangria Desatada.
Sangria, mais Sangria. Sim, Senhor!

Como refrescas, como alegras o nosso espírito ressequido por tanto briefing sem-sabor,
Minha inspiração divina, tu não és a crua verdade mas sim a doce realidade.
Vens sempre em jarros cheios como te manda o criador,
Partes no Inverno enchendo de tristeza a nossa enregelada despensa.

Sangria, Sangria Desatada.
Sangria, mais Sangria. Sim, Senhor!
Sangria, Sangria Desatada.
Sangria, mais Sangria. Ó Sim, Senhor!


Sr. Funesto, supere esta calamidade.

Sem comentários: