sexta-feira, fevereiro 25, 2005

The pictures of my desire

Sr. Funesto, a inveja que me dão as suas preciosas imagens. Tão carinhosamente respigadas. Um destes dias mando-lhe qualquer coisa que se veja. Da minha parte, em boa verdade lhe digo que se o mundo está cheio de imagens, a maioria sem sentido ou leitura possível, o meu caro sócio tem o dom de isolar coisas belas onde os outros nada encontram. Um brinde de cerveja preta a essa moldura preta que rodeia as suas imagens e que nos permite ver com maior clareza a beleza que - malandra ela - se esconde em qualquer lugar.

Claro que existe outra beleza, de uma natureza diferente, que chega sem pedir autorização, que enche a alma até não deixar espaço para mais nada. O último filme do Sr. Clint Eastwood tem essa natureza. Perfeita natureza humana, perfeita no sangue derramado, no medo e na coragem. Que nos resta aos ateus se não acreditar na magnífica mortalidade do ser humano? Nessa grandeza que existe em lutar por coisas que ninguém quer e morrer feliz quando mais ninguém sabe que se venceu.

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