Aqui estou a postar directamente da loja Apple em N.Y.
This is the city of iPods, every one in three people you see in the subway has some white phones around the neck.
This is the city of papercup Capuccinos, every...
This is the city of good nice trendy clothes, every...
This is the city of Paul Auster and I can tell he is very friendly.
This is an american keyboard, that's why I'm writing in english.
Hugs & Kisses
R.
quinta-feira, março 31, 2005
Apple
Postado por O Despachante às 9:48 da tarde 3 comentários
quinta-feira, março 24, 2005
Fora
Postado por O Despachante às 7:57 da tarde 0 comentários
Trespassing 2
Postado por O Despachante às 7:55 da tarde 0 comentários
Trespassing
Postado por O Despachante às 7:54 da tarde 0 comentários
segunda-feira, março 21, 2005
No ombro de O’Neill
De ombro na ombreira vejo
Que sou incapaz de ser outro
Aquele que oferece a face
E face aos acontecimentos
Não abandona o tiroteio
Aquele que ombro a ombro
Não chora nos escombros da luta
O cheiro da carne queimada
E não trai a doce recruta
Dos companheiros de destruição.
--
a partir de "De ombro na ombreira"
de Alexandre O'Neill
Postado por O Despachante às 9:00 da manhã 0 comentários
sexta-feira, março 18, 2005
Feist
Andava eu todo contente a ouvir "Let it Die" de Feist, a partilhar o álbum com ouvidos seleccionados, como se deve fazer com a música suave, melancólica e aversa a multidões, até que dou por mim e me dizem: concerto em Maio esgotado, Jack Johnson a mesma coisa.
Mas o que é que se passa? Onde é que isto vai parar? Deixem os desconhecidos, desconhecidos. Xô! Luzes da ribalta! Depois descobri que devido a ter perdido o cartão do rádio do carro, nunca mais ouvi o que as pessoas ouvem. E na rádio há a estranha mania de promover discos, músicos e cantores. Salafrários! (Vá lá que consegui o último bilhete disponível na Ticketline.)
http://www.feistmusic.com
Postado por O Despachante às 7:45 da tarde 1 comentários
Direcção
Que se lixe o tempo e os stickers! Há algo que me está a irritar profundamente! Todos os dias, desde há duas semanas atrás, deixo cair constantemente as chaves ao chão. A caminho do carro, a entrar em casa, ao sair do carro. Em casa. E depois esqueço-me do telemóvel não sei onde e tenho de voltar não sei porquê. Se, como dizem, tudo tem uma razão. Qual é a razão de perder horas (ao final de anos) em gestos e actos com-ple-ta-men-te inúteis? Não descobri nada de novo, não ganhei tempo para filosofar sobre a vida. Para quê? Será que aquele tempo vão me impediu de ser atropelado ao virar da esquina? Dúvidas parvas, que me assaltam cada vez que a #$*+§ das chaves caem ao chão.
Postado por O Despachante às 1:21 da tarde 0 comentários
segunda-feira, março 14, 2005
Míngua
Agora que os choques, electricidade estática e falta de chuva já são notícia de telejornal, sinto-me à vontade para falar do tempo.
E o tempo anda estranho, parece que há cerca de 100 anos que o Inverno não era tão pouco rigoroso. E Portugal que anseia tanto por rigor! Os dias de Sol estão a ficar mais longos, mas as pessoas, parecem andar cabisbaixas e envolvidas por problemas. Será a falta de chuva? Quando a temos, é uma tristeza o tempo torna-nos cinzentos e coiso e tal. E agora? Faz falta, um ciclo foi interrompido. É preciso lavar as ruas e as mágoas, é preciso molhar a terra para voltar a crescer. A nossa maneira de estar está intimamente ligada à meteorologia, portanto estamos confusos, num impasse entre o bom e o mau tempo. Entre o que temos e gostávamos de ter.
Postado por O Despachante às 11:20 da manhã 2 comentários
sexta-feira, março 11, 2005
A cidade regada
A cidade tem uma paisagem com um desequilíbrio natural, fruto do trabalho diário dos equilibristas do costume: vereadores, sem-abrigo, mestres-de-obras, arrumadores, patos bravos e outros indigentes. Eles lutam pelo seu dia-a-dia e por uma côdea de pão (de tamanhos diferentes) e a cidade assiste. E existem os desequilibristas, seres estranhos que operam a um nível diferente, eles estão por trás dos graffitis, dos “stickers”, de palavras e formas soltas (porque soltam quem passa). Eles lutam pelos olhares, por um sorriso, por uma ideia.
A cidade tem cantos e recantos, avenidas escuras e becos claros, tem passeios sujos e flores sazonais. Pensando bem, a cidade tem uma forma bizarra de equilíbrio.
Postado por O Despachante às 1:06 da tarde 0 comentários
quarta-feira, março 09, 2005
Lengalenga do Dia-a-Dia
Segunda,
O Cliente adorou, gostou muito, muito de tudo,
Respondemos a tudo, o trabalho está lindo,
vamos só fazer uns pequenos refinamentos...
Terça,
O Cliente adorou, gostou de tudo, está tudo aprovado,
Inovámos, estamos mesmo lá, o trabalho está lindo,
vamos só fazer uns pequenos refinamentos...
Quarta,
O Cliente adorou, manda os parabéns a todos,
Surpreendemos, inovámos, respondemos a tudo, estamos mesmo lá,
vamos só fazer uns pequenos refinamentos...
Quinta,
O Cliente adorou, está muito entusiasmado,
estamos todos de parabéns, o trabalho está lindo,
vamos só fazer uns pequenos refinamentos...
Sexta
O Cliente adorou, adorou, adorou, está tudo aprovado,
estamos mesmo lá, o trabalho está lindo, surpreendemos,
vamos só fazer uns pequenos refinamentos...
O Cliente adorou, o cliente adorou,
Adorou, Adorou,
O Cliente adorou, o cliente adorou.
Adorou, Adorou.
Postado por Sr. Nefasto às 1:15 da tarde 0 comentários
terça-feira, março 08, 2005
Where the (real) money is
Este é um anúncio da 3M para divulgar um novo vidro de segurança.
O mupi era peça única, presente numa paragem de autocarros de Vancouver. O dinheiro era verdadeiro e estava protegido pelo próprio produto. Previam-se reacções desesperadas para chegar ao dinheiro. E elas surgiram. Dezenas de pessoas tentaram partir o vidro Security Glass da 3M de todas as maneiras possíveis. A cobertura da TV canadiana foi maciça e os telejornais chegaram a mostrar pessoas a dar tiros no vidro. Algo que seria uma acção local, acabou por ter um impacto global na TV, jornais e internet. Deduzo que o vidro tenha resistido. Isto tudo é muito bonito, se não fui vítima da propagação de um mito publicitário.
Postado por O Despachante às 11:05 da tarde 2 comentários
N&F Ouro Negro
Obrigado a todos os que nos votaram como melhor BBBB 2005. Continuaremos o bom trabalho. Não podemos deixar de agradecer ao mundo por ser como é, igual a ele mesmo, fonte de inspiração de todas as queixas e maravilhas da vida.
O Prémio foi atribuído ontem, no salão nobre do Grand Palais, pelas mãos de duas sósias quase perfeitas da Brigitte Bardot. O discurso de agradecimento foi proferido com a voz embargada do Sr.Funesto, os gestos emocionados do Sr.Lda e a cores garridas do Sr.Nefasto.
A todos os outros concorrentes aquele grande abraço.
Postado por Sr. Nefasto às 3:31 da tarde 0 comentários
segunda-feira, março 07, 2005
Estas são as últimas
Da penúltima vez que mudei um pneu, há cerca de dois meses, descobri que os macacos agora são diferentes, mais pequenos e já não se colocam debaixo dos automóveis, mas debaixo das portas, numa área reforçada, descobri que existem porcas com um desenho diferente para que não roubem pneus e descobri que não mudava um pneu há cerca de 10 anos.
Da última vez que mudei um pneu, a semana passada, consegui aumentar ainda mais o meu nível de conhecimentos, menos fundamentais, mas conhecimentos. Aprendi que um pneu pode rebentar ao bater “de esquina” num passeio, aprendi que não vale a pena ir à Oficina de Santa Marta, porque eu só trato dos assuntos de tarde e então é melhor ir directamente à Garagem Rio de Janeiro. Nesta garagem enquanto esperei pelas trocas de pneus, jantes, tampões e carecas para trás, vi-me a conversar com um homem, septuagenário em forma, capaz de levantar um pé ao nível da cabeça da mulher, acto que demonstrou ali mesmo e a cores. A mulher não era muito alta, mas fiquei impressionado à mesma. Américo de seu nome, há 52 anos que calcorreia as estradas em serviço, sem nunca meter férias, porque a sua vida já são umas férias. O carro à minha frente no alinhamento de direcção era um dos tais do Sr. Américo, Mercedes preto, “duro que aguenta murros, o último da linha de montagem, dez mil contos, de 95, originalmente de um azul lindo, assim como o seu casaco”. Entre histórias de serviços a administradores de bancos, Phill Collins, Mick Jagger, Ronald Reagan, casamentos reais e ao embaixador da Venezuela, contou-me que teve doze mulheres ao mesmo tempo e até se enganava nos nomes. De vez em quando parava entre pormenores para pedir comprovações à mulher, “Teresinha diz lá ao senhor com quantas é que eu andava quando te conheci?”. Quanto a mim, sorri, ouvi, anui e pedi-lhe um contacto para arranjar um lanternim dos antigos Táxis. Um autoclismo? (calão taxista para o dito) E ficou com a minha morada, onde desenhou o objecto do meu desejo. “Não, não eu não queria desses direitos queria aqueles assim.” - disse e desenhei. "Áaaah, já sei, esses são ainda mais antigos, chamamos-lhes bombocas."
P.S. Se não fosse o preço dos pneus, poderia prever um futuro risonho para os furos que aí vêm. E acrescento, para poder colar texto com imagem, que há uma beleza especial nas coisas que deixaram de ser e são agora outra coisa.
Postado por O Despachante às 7:32 da tarde 0 comentários
sexta-feira, março 04, 2005
Seios tatuados
A Irlanda nunca foi conquistada pelos Romanos. Será que o facto dos Pictos - guerreiros irlandeses - combaterem completamente nus, cobertos de tatuagens e com os cabelos em pé - estilo punk - influenciou as sucessivas derrotas romanas?
E será que desde esse periodo até hoje à hora do almoço, quando encontrei um senhora de grande decote e com uma não menor tatuagem que lhe abraçava os seios, algo mudou na nossa mente? Será que eram uns seios de combate? Serão os seus antepassados irlandeses? Ou será a resposta mais simples e grosseira? Tantas questões e tão pouca hora de almoço....
Postado por Sr. Nefasto às 5:29 da tarde 0 comentários
Citação para a revista Maria
"The value of advice doesn't lie in the advice itself but in your own response to the advice." - James Alan Gardner
Postado por O Despachante às 12:49 da tarde 0 comentários
A insuportavél obsolescência do ser.
Quanto tempo permanece na nossa memória uma pessoa? Quanto tempo passa desde que ela sai do nosso dia-a-dia até que mal nos lembramos do seu nome? Da sua personalidade. Das coisas que existiam em comum. Ontem era o maior, dava tudo, grande atitude, experiência e competência. Hoje é um velho acabado, ultrapassado, sem préstimo. Já lhe chupámos todo o tutano, já lhe tirámos todas as noites de sono. Já o cuspimos para a berma enquanto continuamos direitos e felizes no nosso brilhante caminho. Silêncio. Silêncio. Não nos vá acontecer o mesmo. É a vida. É o mercado. É assim. É assim. Como era mesmo o seu nome?
Postado por Sr. Nefasto às 12:14 da tarde 0 comentários
Prize pleasure.
Red Dot Awards. Sabemos o que são? Não? A excelência – de verdade – em design. Os prémios de maior importância da Europa, juntamente com os Compasso D'Oro italianos. E Design sabemos o que é? Não? Então é melhor esqueçer os Red Dot. Que tal uma visita à Casa Cláudia? Está seguramente mais perto do nosso umbigo.
Postado por Sr. Nefasto às 11:31 da manhã 0 comentários
quinta-feira, março 03, 2005
Lavatório
Nunca estive nesta casa de banho, não conheço a dona do apartamento, apenas sei que é japonesa. Nem sequer consigo pronunciar o seu nome correctamente. Fantástico este mundo onde partilhamos imagens da nossa intimidade com desconhecidos com maior facilidade do que dizemos "Tenho saudades tuas. Quando nos vemos?" a alguém que conhecemos muito bem.
Postado por Sr. Nefasto às 5:39 da tarde 0 comentários
Era uma vez...
uma história que anda perdida pelos cds da minha memória, que espera paciente que a minha inércia se transforme noutra coisa e que tente fazer pela sua vida. A menina Juliana é pedicure, sob as escadas rolantes de um grande centro comercial na segunda saida da ICXXI. O seu pequeno coração suspira por uma vida melhor longe do jugo da sua mãe inútil e do seu pai ex-combatente. Uma história para vos embalar qualquer dia destes.
Postado por Sr. Nefasto às 5:12 da tarde 0 comentários
Não me acordes
Saudades daquela Diabolic angel de 3 anos a acordar-me ao ouvido numa pergunta aguda - JÁ ESTÁS ACORDADO ?– não... ainda sonho com os sorrisos dos desconhecidos, com a Lapa, com o calor, com o ensaio da Portela, com a vista, com o canecão, com os cheiros, com o sorriso do Páscoa, com o salto no abismo verde, com a energia da Sofia, com os papos do Jóia, com a feijoada da Jú, com a vereda da Lagoa, com a cobertura de... Gabriela, deixa-me dormir... só mais um bocadinho vá lá!!!
Postado por Luis Mileu às 1:06 da tarde 0 comentários
Saiu à rua num dia assim
O Sr. Firrell define-se assim: "I believe writing should have an impact in everyday life, I believe it should be out there, making a difference." O trabalho (palavras) de Firrell pode surgir num ecrã gigante em Leicester Square, num cartaz de rua, num recibo de uma livraria ou no canto de uma montra. Ele gosta do título que lhe puseram "Marlene Dietrich of public art". A verdade é que Firrell é um artista aceite, pago, patrocinado, integrado, com clientes, mas consegue ter a mesma frescura e insatisfação de um miúdo que põe stickers pela cidade. É bonito ser assim e desperta inveja a um copy.
www.martinfirrell.com
Postado por O Despachante às 12:52 da tarde 0 comentários
quarta-feira, março 02, 2005
Coerência
Esta frase precisava estar num blog. “No dia em que todos forem escritores, será o tempo da incompreensão universal.”
Cette phrase avait besoin d’être dans un blogue. “Le jour oú tout le monde sont des écrivans, ce sera le temps de l'incompréension universelle.”
This sentence should be in a blog: "The day everyone is a writer, will become the time of universal misunderstanding."
Esta frase tendria que estar en un blog. "El día en que sean todos escritores, será el tiempo del malentendido universal."
Dieser satz müßte in einem blog: “In den tag wenn alle Schriftsteller werden, wird die zeit der unverständnis sein.”
Tato veta mela být v blog: "V den, kdy vsichni lide budou spisovateli, nastane cas vseobecneho neporozumeni.“
M. Kundera
Postado por O Despachante às 12:24 da tarde 0 comentários
Hans Brinker
Vale sempre a pena recordar uma das muitas peças para o Hans Brinker Hotel feito pela KesselsKramer.
Postado por Luis Mileu às 12:12 da tarde 0 comentários
Contratos
"Hoje em dia as pessoas fazem contratos pré-nupciais, discutem tudo de antemão, fazem planos e à mínima merdinha entram em "diálogo". O amor passou a ser passível de ser combinado. Os amantes tornaram-se sócios. Reúnem-se, discutem problemas, tomam decisões. O amor transformou-se numa variante sico-sócio-bio-ecológica da camaradagem. A paixão, que deveria ser desmedida, é na medida do possível. O amor tornou-se uma questão prática. O resultado é que as pessoas em vez de se apaixonarem de verdade, ficam praticamente apaixonadas."
Miguel Esteves Cardoso, último Volume, Assírio & Alvim Ed., 1996
Postado por Luis Mileu às 11:53 da manhã 0 comentários
Diga 33
Aqui ficam certos e incertos dados de alguma forma aleatórios, de alguma forma com uma ligação entre si.
20 graus negativos atingiram esta semana a região espanhola de Aragão.
Um estudo americano concluiu que 37% das pessoas só atinge uma piada 20 minutos depois desta ter sido contada.
Portugal é o 33º país mais caro do mundo.
66% da população chinesa vive com 20 Euros por mês. Aqueles que conseguem ir trabalhar para uma fábrica em condições desumanas ganham cerca de 55 / 65 Euros.
Em 4 anos uma bica aumentou para o dobro do preço – de 50 escudos para 50 cêntimos.
Os lisboetas têm de trabalhar 33 minutos (média) para conseguir pagar um hambúrguer.
O peso médio dos 7 mil prisioneiros que sobreviveram a Auschwitz era de 30 quilos.
“Existem 1.147 weblogues em Portugal (dados do final de Outubro de 2004), dos quais, 402 são actualizados de mês a mês e 297 uma vez por semana.” Preguiçosos.
Eduardo Prado Coelho participou num blog chamado Casa Nostra depois transformado em Causa Nossa (http://causanossa.blogspot.com/ inactivo desde 2003). Conheci uma antiga colaboradora da cozinha do Casa Nostra que me encsnou a fazer a verdadeira Carbonara. Estou ansioso por experimentar.
Perguntaram a Eduardo Prado Coelho – Porque é que há tantos cursos de comunicação? Resposta: “a palavra comunicação começou a designar uma espécie de cheque em branco.”
Quem não consegue entrar em jornalismo vai para publicidade, para televisão, cinema ou para profissional das salas de espera dos Centros de Emprego.
Existe uma overdose de comunicação e de conceitos a posteriori. Estamos todos a tentar vender algo uns aos outros. Sensações, os produtos e as marcas têm de despertar sensações. As costuras já estão à mostra. Bernard Stiegler diz isso mesmo citado num post anterior. Quando irão rebentar?
No Google uma busca com a palavra “comunicação” encontrou 3.020.000 páginas, em 0,41 segundos. “Communication” deu 111.000.000 resultados, em 0,42 segundos.
Existe um falso dado neste post, um doce para quem o encontrar.
Postado por O Despachante às 11:12 da manhã 1 comentários