segunda-feira, março 14, 2005
Míngua
Agora que os choques, electricidade estática e falta de chuva já são notícia de telejornal, sinto-me à vontade para falar do tempo.
E o tempo anda estranho, parece que há cerca de 100 anos que o Inverno não era tão pouco rigoroso. E Portugal que anseia tanto por rigor! Os dias de Sol estão a ficar mais longos, mas as pessoas, parecem andar cabisbaixas e envolvidas por problemas. Será a falta de chuva? Quando a temos, é uma tristeza o tempo torna-nos cinzentos e coiso e tal. E agora? Faz falta, um ciclo foi interrompido. É preciso lavar as ruas e as mágoas, é preciso molhar a terra para voltar a crescer. A nossa maneira de estar está intimamente ligada à meteorologia, portanto estamos confusos, num impasse entre o bom e o mau tempo. Entre o que temos e gostávamos de ter.
Postado por O Despachante às 11:20 da manhã
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2 comentários:
mesmo bonito... mesmo.
Pois é, pois é... Com que então estamos confusos, "num impasse entre o bom e o mau tempo". Como é que era?... Entre o que temos e o que gostávamos de ter.
Humm muito interessante "estamos" e "temos"...não utilizaste os verbos as formas verbais andamos e somos. Olha que fiquei a pensar nisto. O senhor Funesto é materialista?
Em termos literários é incongruente o Senhor Funesto estar confuso entre o bem e o mal, já se sabe qual será o seu pendor. Foste apanhado!
AH, espera, a não ser que o senhor Funesto seja como Humpty Dumpty, metáfora do mundo sentado no muro da existência, mas o H.D. não está confuso, está sentado.
Afinal és mesmo tu, e eu que pensava que o Sr. Funesto era uma personagem.
E se nunca mais chovesse?
P.S.Gostei mais dos furos.
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