Oliveiras e mais oliveiras e os sobreiros do costume com ceroulas vermelhas acima da cintura. Há uma planície praticamente inalterável enquanto se vai intervalando várias terras e terreolas com o banco de imagem de fundo, Marvão, Portalegre, Sousel, Avis, Casa Branca, Cano, Água Todo o Ano, Domingão, Cansado. Tanta ironia nestes nomes, demasiada. Desconfio da arrumação, desconfio quando tudo está direito,
não é natural.
terça-feira, setembro 06, 2005
A paisagem repetida
Postado por O Despachante às 10:49 da manhã
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2 comentários:
Diz a Dona Zulmira para o Sr.Presidente da Câmara de Campo Maior: "Ó Sr.Presidente queremos estradas de luto e árvores com cuecas.".
Dª Zulmira, irmã do Joaquim da Cortina que vivia lá prá Àgua d'Banhos, mas que tinha trazido um monte na Vinagreira. Vinagreira que ficava à esquerda de quem desce da Alentisca para o Povo de S.Vicente. Do Povo de S.Vicente e Aventosa até à Aldeia de Santa Eulália são 6kms, os mesmos que de Santa Eulália até Barbacena, cujo castelo - nada altaneiro - foi comprado por um gajo de Arronches, a terra dos porcos. Santa Eulália era a terra do Assopra por uma velha história de um comboio que descarrilou a caminho de Espanha carregado de preservativos.
Mais longe está a Calçadinha, e ainda depois de Elvas encontramos Juromenha, essa sim com castelo altaneiro onde os pares românticos se encontram e os suicidas orgulhosos se perdem.
Retomando o Joaquim da Cortina que tinha um irmão dito o Sete Cabeças que andava sempre nos copos com o Marroquino. Marroquino que era o criador de gado, nomeadamente vacas bravas - mas não muito - de aluguer, para as largadas das noites de verão.
A sua mulher que era de Campo Maior, onde falam a cantar, costumava dizer: "Ò Maria, antãó onde está o teu homém?", ao que a Maria respondia: "Às marradas com o teu à porta da vilá"
Claro que isto não era nenhuma ofensa, porque andar as marradas quer dizer cavar.
mas.. tantos anos depois.. ainda se fazem piadas sobre os alentejanos?
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